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quarta-feira, junho 30, 2004



Todos temos um baú velhinho de memórias guardadas preciosamente.
Queremos muitas vezes ir buscá-las e elas já não nos vêm com a nitidez perturbada da saudade antiga.
Todos teremos mais e mais recordações a cada dia, a cada passo dado e reflectido, nos caminhos desencontrados de uma liquidez apressada, fortuita e inconsequente.
Queremos encontros regressados já acontecidos e impossíveis retornos, queremos para nós o que já não é nosso ou que por outro, nunca foi pelo momento presente ser já passado.
Todos sonhamos pelo dia em que não recordaremos saudosamente a melancolia de uma suposta felicidade deixada para trás, porque todos escolhemos e as escolhas são fruta colhida de uma árvore onde nem sempre só deixámos ficar a que não queríamos.



terça-feira, junho 29, 2004



Não, nunca fui fiel uma única vez na vida, a ninguém.
Provoquei feridas insaráveis e irremediáveis.
Depressões, tentativas de suicídio, tristezas profundas.
Gostei de sabores perigosos do meu sentir.
Nunca atraquei verdadeiramente em nenhum porto.
Tive comportamentos amorais, fui voyeur.
Pensamentos impensáveis e infortuitos.
Provoquei, seduzi, levei para a cama.
Pensei um dia ter o gosto dos outros insuprível não-amargável na boca.
Lembro o ser o sonho, o teu sorriso, o gosto, o teu inesquecível.
A sereia dentro de ti, a cobra esguia de movimentos seguros e tão bons.
Vozeirei por aí. E era insanavelmente nova.




segunda-feira, junho 28, 2004



Preocupa-me que o Sr. Santana Lopes suba ao poder, tal como me preocuparia se a Srª Ferreira Leite tivesse a mesma oportunidade, assim como entraria em colapso se o Srº Alberto João Jardim conseguisse sequer cheirar tal hipótese. Preocupa-me que viva num país onde o povo não é mais que a marioneta de meia-dúzia de braços poderosos influentes, corruptos e, de valores duvidosos. Preocupa-me que devido à emigração em massa para o nosso país de um povo festivo como o brasileiro, tenhamos entrado em euforia histérica por tudo o que é festinha e festarola e que qualquer pretexto seja bom para conduzirmos alcoolicamente bem dispostos. Preocupa-me que não tenhamos apreendido o bom exemplo espanhol que sai à rua com toda a sua família, a pé, levando os membros tão honráveis como os seus deficientes, ou os seus sábios anciãos às avenidas principais da sua cidade, passeando saudavelmente todas as noites, de Verão, ou de Inverno, de semana ou de fim-de-semana. Preocupa-me que alguém que é favorecido autarticamente movendo lobbies para conseguir habitar património estatal junto ao Miradouro da Graça em Lisboa. Preocupa-me que alguém que apoia a cultura no seu aspecto mais hediondo (casinos e afins) não apoiando o teatro, as revistas específicas, a investigação, etc, consiga que se feche os olhos. Preocupa-me que alguém que favorece em concursos públicos entidades civis para obtenção de vantagens pessoais (túnel do marquês) consiga alcançar um alto cargo desta nação.
Atenção, não me preocupa a vida sexual, os hábitos nocturnos, as companhias, os jantares, etc. Preocupa-me que estejamos num país onde a memória é fraca, o medo é muito e a hipocrisia de ocasião abunda.
Preocupa-me o saber e aflige-me a ignorância dos outros.
Assusta-me se se sufragar a pessoa, pois será o mesmo que dar o aval, o sim desmerecido, comprovado.
E se possível, preocupa-me, que ainda iremos festejar esta vitória do Dr., com apitos, pompa e circunstância.




Diz-se que o tempo tudo diz, tudo resolve, tudo sara, pois a mim o tempo só me diz o que preferia não saber em tempo algum, num tempo que não o meu...


domingo, junho 27, 2004



Palavra "saudade" é de difícil tradução




A palavra portuguesa "saudade" foi considerada o sétimo vocábulo
estrangeiro mais difícil de traduzir, segundo uma votação realizada por mil
linguistas, levada a cabo pela agência londrina de tradução e interpretação
Today Translations.


A mais votada foi "ilunga", de uma língua falada numa região da República
Democrática do Congo e que significa "uma pessoa que está disposta a perdoar
qualquer abuso pela primeira vez, a tolerar uma segunda vez, mas nunca uma
terceira vez".

Em segundo lugar ficou "shlimazl", que é a palavra em iídiche (língua falada
pelos judeus alemães) para uma "pessoa cronicamente sem sorte".

A palavra japonesa "Naa", da área Kansai, foi a terceira mais difícil de
traduzir e significa "enfatizar declarações" ou "concordar com alguém".

"Apesar de as definições parecerem bastante precisas, o problema é tentar
transmitir as referências locais associadas a tais palavras", afirma a
presidente da Today Translations, Jurga Zilinkiene, que conduziu a sondagem.


  • in Jornal O Público


  • sexta-feira, junho 25, 2004



    Que me desculpe o Figo, ou como diz uma amiga minha, a Figa, mas não havia necessidade!


    Não percebo quase nada de futebol, confesso, nunca fui “faneca”, mas nos mundiais e nos europeus faço sempre questão de apoiar o meu país, ver todos os jogos em que entramos e tentar acompanhar a par e passo todas as entrevistas, os comentários, a reacção popular.


    O Figo ontem não tinha nada que amuar, qualquer leigo lia no seu rosto o cansaço, qualquer pessoa por mais desentendida que fosse destas coisas do futebol viu a sua lentidão no passe, na corrida, na decisão de jogo. Scolari só fez senão bem em substitui-lo, caramba, pedia-se acção, necessitávamos de um resultado favorável, queríamos ganhar e a vontade interior de Figo, por muita que fosse, não lhe dava a velocidade, a destreza, a posse de bola.

    Isso viu-se e a menina Figa não tinha nada que fazer birra, tinha como todos nós que vimos a derrota aos três minutos, que torcer pela nossa equipa, deixar-se de pieguices e gritar pelo nosso país, isso sim seria a demonstração e o verdadeiro espírito.


    Mas, não…


    
    
    Pai, afasta de mim esse cálice
    Pai, afasta de mim esse cálice
    Pai, afasta de mim esse cálice
    De vinho tinto de sangue
    Como beber dessa bebida amarga
    Tragar a dor, engolir a labuta
    Mesmo calada a boca, resta o peito
    Silêncio na cidade não se escuta
    De que me vale ser filho da santa
    Melhor seria ser filho da outra
    Outra realidade menos morta
    Tanta mentira, tanta força bruta
    Como é difícil acordar calado
    Se na calada da noite eu me dano
    Quero lançar um grito desumano
    Que é uma maneira de ser escutado
    Esse silêncio todo me atordoa
    Atordoado eu permaneço atento
    Na arquibancada pra a qualquer momento
    Ver emergir o monstro da lagoa
    De muito gorda a porca já não anda
    De muito suada a faca já não corta
    Como é difícil, pai, abrir a porta
    Essa palavra presa na garganta
    Esse pileque homérico no mundo
    De que adianta ter boa vontade
    Mesmo calado o peito, resta a cuca
    Dos bêbados do centro da cidade
    Talvez o mundo não seja pequeno
    Nem seja a vida um fato consumado
    Quero inventar o meu próprio pecado
    Quero morrer do meu próprio veneno
    Quero perder de vez tua cabeça
    Minha cabeça perder teu juízo
    Quero cheirar fumaça de óleo diesel
    Me embriagar até que alguém me esqueça



    Gilberto Gil - Chico Buarque, 1973  - Cálice



    quarta-feira, junho 23, 2004



    Se calhar não fui feita para escrever. E nem para sonhar realizar-me a tomar conta de crianças no precioso estar. Se calhar estudei o curso errado. Se calhar nem gosto de ler por já não conseguir engolir e tolerar as diferenças. E nem de ajudar os outros e de ouvir e estar com os outros. Se calhar sou um tal lobo solitário, envolto num tal egoísmo, que de mim não devem nunca precisar, pois que não sou a melhor ajuda.
    Se calhar sou demasiado forte e nunca ninguém vai pensar que preciso de algo, um dia hei-de dizer, “deixem-me ir abaixo, nem que por breves momentos”.
    Se calhar deveria desacreditar todas as minhas crenças e deixar de pensar que tenho verdades absolutas. Se calhar deveria partir para longe, mudar em cento e oitenta graus a minha vida e quem sabe, tentar ser feliz. Se calhar esta que vês não sou eu, é só o pacote de algo na prateleira que está prestes a rebentar de há muito ter passado o prazo.



    terça-feira, junho 22, 2004



    Há dias em que dou por mim monótona, sem vontade, não esperando qualquer telefonema de quem quer que seja, não chegando também nenhum contacto.
    Há dias em que me passeio o corpo pelo dia, esperando que ele não dê conta de mim.
    Há dias em que os outros não me apetecem, nem a voz, nem seus gestos ou presença.
    Há dias em que bastaria que o dia fosse chuvoso para que me desculpasse e me embrulhasse debaixo dos lençóis até ao outro dia, não o esperando, nem o desejando.
    Há dias assim em que me perco em mim, pois nada busco, nem quero ver-me.
    Há dias em que nada há a dizer, a escrever, a inscrever na memória da vida.
    Há dias em que se pudesse iria para longe, para o outro lar que ainda não possuo.
    Há dias em que velejaria dias a fio, andaria caminhos sem fim no horizonte, iria a lugar nenhum.
    Há dias em que me apeteces mas não te quero, em que não me vens e nem o desejo.
    Há dias em que até mesmo de uma maneira meio estranha sei ser feliz assim.



    segunda-feira, junho 21, 2004


    Quando você me deixou meu bem
    Me disse pra ser feliz e passar bem
    Quis morrer de ciúme,quase enlouqueci
    Mas depois,como era de costume,obedeci

    Quando você me quiser rever
    Já vai me encontrar refeita, pode crer

    Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
    Ao sentir que sem você eu passo bem demais
    E que venho até remoçando
    Me pego cantando sem mais nem por que
    E tantas águas rolaram
    Tantos homens me amaram bem mais
    E melhor que você
    Quando talvez precisar de mim
    'Cê sabe que a casa é sempre sua,venha sim
    Olhos nos olhos quero ver o que você diz
    Quero ver como suporta me ver tão feliz



    Olhos nos Olhos
    (Chico Buarque)



    domingo, junho 20, 2004



    Este fim-de-semana fiquei por Lisboa, ontem não gostei do Incógnito e fui acabar na Kapital, onde nem queria ir – que foi fechada às 05h15m por razões de segurança que eu não quis nem perceber. Este fim-de-semana Lisboa não está a ser um sítio lá muito seguro devido ao Portugal/Espanha e devido à concentração de Skins no Bairro Alto, encontro secreto (supostamente) Europeu dos mesmos, enfim, pelo menos não me inibi de sair, mas nunca tinha visto tanto lisboeta inseguro na própria cidade e isso assustou-me quanto ao que nos poderá aguardar num futuro mais ou menos próximo.



    sexta-feira, junho 18, 2004



    No hay tiempo si en el agua de diamante
    que roza nuestros cuerpos
    tú y yo nos sumergimos : el agua tuya con el agua mía
    de tu boca , y apenas el hundir
    de los secretos labios en el mar.
    Sólo tu piel abierta
    como la abierta noche de la noche
    donde tus muslos amanecen.
    Y el silencio en los olivos.



    NO HAY TIEMPO SI EN EL AGUA DE DIAMANTE

    MIGUEL ARTECHE





    Desorientação eis a minha palavra chave, sim, tem absoluta razão é o que passo sempre, mas a minha desorientação prende-se com o facto de ter deixado de acreditar enquanto adulta em pilares que para mim eram inabaláveis e fundamentais, por exemplo, não acredito mais que irei algum dia publicar um romance e esse era um dos meus principais objectivos de vida e nem acredito que dentro da literatura vá arranjar um trabalho no qual seja plenamente feliz porque os que existem estão ocupados por lobos centenários que parecem eternos, não acredito no amor eterno e para a vida, nem acredito que vá algum dia ser plenamente feliz em todos os principais aspectos da minha vida. Isto sim, são preocupações fundamentais que tenho e que abaladas a vida para mim perdeu algum do seu significado e logo a alegria de viver diminuiu. Mas, hei-de com o tempo começar a acreditar em novas coisas, metas, objectivos, pilares de vida que farão com que me torne feliz à minha maneira, creio. Portanto, acredito que o meu passado está enquadrado e resolvido, não estou de ressaca do mesmo, somente me abalou em pilares fundamentais e isso é irreversível.



    quarta-feira, junho 16, 2004



    A vida tem passado a vida a dar-me e a roubar-me os sonhos.
    Ainda me lembro quando era eu que dava chutes nos sonhos da vida.
    Hoje não, hoje a vida diverte-se jogando ao ganha e perde e ao dá e tira.
    Hoje somente sonho com a calmaria dos dias e a não dor das noites.
    A vida tem passado o tempo rindo-se de mim, olhando e virando costas com um esgar de entre-os-dentes.
    Hoje somente sonho o palhaço que me manterá vivo o riso.
    Hoje somente quero o amor se o que seja, venha para a vida num sorriso.
    A vida ainda se deve lembrar dos muitos voltar de costas que lhe fiz.
    Ainda me lembro de não ter medo, nem de voltar e olhar para trás.
    A vida tem passado a vida, nestes últimos tempos, a brincar comigo.
    Olhando de lado para ver até quando é que eu aguentarei mais este chute, mais este sonho ido.


     



    terça-feira, junho 15, 2004




    Quando pensamos que já nada de pior pode acontecer a alguém de quem gostamos muitoooooooooooo, eis que a dor o atinge na sua saúde, não fulminantemente, mas incuravelmente, deixando-o de rastos e arrastando todos os amigos na sua inexorável mágoa.
    Não merece, tal como não merecia antes e antes e antes e antes, as partidas que a vida lhe tem pregado, umas atrás das outras.
    Gosto de ti, Carlos, desde a primeira vez que fomos apresentados e me fizeste sorrir. Só mais tarde me conheceste bem e sei que gostas de mim como gosto de ti, senão não terias passado todas aquelas noites a ouvir-me, nem me terias convencido a ficar por ali a falar-te de mim. Fica bom depressa, peço-te, egoisticamente, és-me importante. Abreijos,... de uma amiga.




    segunda-feira, junho 14, 2004



    Ainda me hão-de explicar porque é que os homens que olham para mim são todos uns cromos da bola do caraças, sabem aqueles cheios de gel no cabelo, óculos maiores que a cara, ar de bonzão e comia-te toda, na sua pick-up com mais uns quantos amiguinhos iguais a eles mesmos, barba por fazer, bronze de pedreiro a babarem-se até aos joelhos, senhores de si.
    Quando eu sou uma lingrinhas, pseudo-intelectual, a atirar para o beto, um bocado snob e arrogante.
    Poderia desenvolver esta ideia, mas nada há a desenvolver, há sim uma inexplicável sensação de nojo nas suas tentativas frustradas e grotescas de aproximação.
    Não percebo e nem vou perceber nunca.
    E às vezes dou por mim a questionar-me, será que é isto que eu mereço da vida? Dos outros?



    quarta-feira, junho 09, 2004



    Ontem sonhei que estavas aqui.
    Porque não poderei dizer que pesadei ou pesadelei, num construção lógica e evidente?
    Estávamos a falar sobre o meu futuro, sobre o como de as coisas, ultimamente, andarem complicadas para mim e de como eu nem sempre me achava na culpa dessas coisas, numa incapacidade de dizer meã culpa, de me achar nas supostas soluções a dar aos vários casos, às várias situações, às vá complicações com os outros.
    Estávamos nisto pacificamente e já talvez há um bom bocado,  quando a ela entra, a que me gerou e começa-me a defender ferozmente, como a fera faz com as suas crias, o que é certo é que eu estava a aceitar bem aquela conversa, porque somente estávamos a conversar e lugar não havia a atribuir-me culpas, era uma conversa.
    Defendeste-me muito como nunca te tinha visto fazê-lo. Ele irredutível numa posição à qual não me detinha, sem saber se me haveria de rever nas suas palavras e ainda a pensar nas últimas frases à procura de uma resposta.
    Agora vocês discutiam os dois por mim, por amor, daquele de dar a vida, daquele que muito mais poucas pessoas me nutriam, de um sentimento demasiado forte nascia-vos a fúria e eu era o ponto fulcral do êxtase que demonstráveis.
    Num clímax desse frente-a-frente de monstros titãs ele tem uma enorme, bicuda e certeira e fatal dor, no peito. Eu digo “não”, “não morras”, “não agora!”, “não me morras… porque te amo a mais que tudo” e morreste assim de ataque infalível quando te agarrei e me caíste nos braços de dor e apoio e apaziguante calor do meu amor eterno.
    Espero que seja só um momento da imaginação de um sono sobressaltado.
    Espero que tudo seja verdade menos a tua morte e que não tenha sido mais um desinteressante pesadelo.



    terça-feira, junho 08, 2004



    não chega
    não vem
    e como não vens
    durmo sozinha
    não me torno alguém
    em ti
    não voltas
    não me falas
    nada me dizes
    e o que te diria
    não posso
    e vou não sendo
    não sem ti



    segunda-feira, junho 07, 2004


    A vida está a tornar-nos impossíveis


    qual fantasia romântica utópica.


    sábado, junho 05, 2004



    entre nós há abismos de coisas que não sabemos nomear
    entre nós há gemidos insolúveis em silêncios demasiados
    entre nós há um sentir que nos afasta em dores indescritas
    entre nós há desejo relutante de um outro fruto proibido
    entre nós há infidelidade fiel em terreno obscuro e infértil
    entre nós há pessoas, muitas, sem sentido, sem ajuda, desunas
    entre nós há um outro tu e um outro eu difusos e desconhecidos
    entre nós há a luta indecisa, intrínseca, intimíssima, intrusiva
    entre nós há o prazer puro despermitido , despeitado, desperdiçado
    entre nós há um despertar despercebido descurado indesejado
    entre nós há incríveis percepções incuráveis e percebidas
    entre nós há o nada ou o tudo, nenhum entremeio existirá.




    sexta-feira, junho 04, 2004



    Strange infatuation seems to grace the evening tide.
    I'll take it by your side.
    Such imagination seems to help the feeling slide.
    I'll take it by your side.
    Instant correlation sucks and breeds a pack of lies.
    I'll take it by your side.
    Oversaturation curls the skin and tans the hide.
    I'll take it by your side.

    tick - tock, tick - tock, tick - tock
    tick - tick - tick - tick - tick - tock

    I'm unclean, a libertine
    And every time you vent your spleen,
    I seem to lose the power of speech,
    Your slipping slowly from my reach.
    You grow me like an evergreen,
    You never see the lonely me at all

    I...
    Take the plan, spin it sideways.
    I...
    Fall.
    Without you, I'm Nothing.
    Without you, I'm nothing.
    Without you, I'm nothing.
    Take the plan, spin it sideways.
    Without you, I'm nothing at all.

     




    Placebo




    Without You I'm Nothing


     


    quinta-feira, junho 03, 2004



    Evanescence        



    My Imortal



     

    I'm so tired of being here
    
    suppressed by all of my childish fears
    and if you have to leave
    I wish that you would just leave
    because your presence still lingers here
    and it won't leave me alone
     
    These wounds seem to heal
    this pain is just too real
    there's just too much that time cannot erase
     
    when you cried I'd wipe away all of your tears
    when you'd scream I'd fight away all of your fears
    and I've held your hand through all of these years
    but you still have all of me
     
    you used to captivate me
    by your resonating light
    but now I'm bound by the light you left behind
    your face is haunts my once pleasant dreams
    your voice is chased away all the sanity in me
     
    these wounds won't seem to heal
    this pain is just too real
    there's just too much that time cannot erase
     
    when you cried I'd wipe away all of your tears
    when you'd scream I'd fight away all of your fears
    and I've held your hand through all of these years
    but you still have all of me
     
    I've tried so hard to tell myself that you're gone
    and though you're still with me
    I've been alone all along



     


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